Penso baixinho, com cada um dos meus botões, nas cores do arco-íris que já não vejo. No relógio estragado que ainda funciona. Na alma despida e ainda tão cheia. Em resolver todos os inigmas sem tentar nenhum. No corredor estreito cheio com a multidão. Nos gritos desesperantes que nunca se ouviram. Nas nuvens gigantes que jamais o céu viu. No sol torridamente quente que nunca queimou. Nas luvas de pêlo que nunca aqueceram. Na velocidade furiosa a 20km/h. Na música inaudível que fura os tímpanos. Nos barcos naufragados atracados aos portos. Nos holofotes sem luz. Na lei sem artigos. Na epistemologia do amor que nunca conheci.
Nunca o conhecimento foi tão pouco.
Nunca saber demais estragou tanto.
Tenho sempre uma vontade incontrolável de chegar ao outro lado da rua.
Não sei porquê. Mas faço-o!
4 comentários:
Dona Delilah, com que então "inigma"? Não esperava tal coisa dessa mente lírica :P E boa sorte com os exames! Pelo menos melhor sorte do que tenho vindo a ter com os meus - o que não é grande coisa, mas já é melhor que nada :) *
"Tenho saudades do arco-íris que já não vejo". Sinto falta da neve que não vi. E do amor que perco por cada quilómetro de caminho. Fazes-me falta. Hoje fazes-me a mais profunda falta. E sei que amanhã também.
Amo-te
Força*
essa vontade de chegar ao outro lado é saudável!
um beijinho querida
Gostei tanto. Adorei os constrastes que criaste! (:
beijinho, parabéns.
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