quinta-feira, setembro 28, 2006


[Está tudo tão genial à volta que só me apetece gritar o que me queima cá dentro. Questiono-me a cada passo do que foi e já não é. Boiam em mim todas as decisões que foram e já não são. Não sei se queria que não fossem mais. Não sei se queria que fossem diferentes. Sei que não quero ir por ali onde a nuvem mãe traz em mim todas as remeniscências do passado. Fica em mim qualquer coisa que não sei o que é, de quem tem tudo e não agarra para fazer disso a sua força. Tenho a calçada à minha frente. Não quero chorar por não andar. Quero aprender a caminhar.]


[Não me irritas. Desprezo-te. Se algum dia te gostei, hoje não consigo imaginar esse dia. Não soubeste manter o castelo que te ajudaram a construir. Hoje choras tudo o que podias ter sido mas não consegues ser. Hoje choras o brilho que ves nos outros e que não tens em ti. Hoje escondes-te nas luzes e nos holofotes que te iluminam no teu proprio mundo que mais ninguem consegue ver. Das-te demais. Sim, dás-te. Não é dificil conhecer-te, mas é dificil gostar-te. Não é dificil chegar a ti. É dificil ficar contigo. E é por isso que o teu mundo desaba em menos de dois segundos. Mudas-te a cada banco que te sentas por não saberes ser alguem no espaço que te conhece. Reiventas-te a cada flor que te dão por murchares a cada outra que te deram. Não aprendeste o alfabeto e por isso roubas os livros a cada história que alguem escreve. Não és uma pessoa má, tão pouco fria. És inútil. Sim, tens coração, vazio e furado e por isso passas o tempo a roubar a vida dos outros porque jamais saberás o que é ter uma. Não te drogas mas estás dependente. Do pó de arroz e das luzes que te mostram ao mundo. Não sabes brilhar no escuro tão pouco construir a tua história. Nem te sei dizer o que és. Talvez por não seres nada.
Tento gastar as palavras contigo porque és como um jogo, começas quando os outros querem e acabas quando se cansam de ti.
Gosto de te relembrar o nada que és. Se sou má?? Talvez. Gosto de te relembrar ao compasso do que tambem gostavas de roubar de mim.
Interditei-te no meu caminho. Não por medo. Não por ódio. Mas por pena.]


[A ti. Que és em mim o que começo e onde acabo. A ti que me alimentas os poros e me respiras a vida. A ti que me absorves as veias e me roubas as horas. A ti que me perpetuas um segundo e me codificas na eternidade. A ti que me preenches o calendário. E como é o nosso calendário é muito mais fácil de preencher. São as nossas horas, os nossos minutos, as nossas coisas .. o nosso amor. Seja lá o que for. É nosso. A ti. Que és muito em mim.]

3 comentários:

Rita disse...

Confesso que é a 1a vez que vejo/exploro o teu blog pausadamente e...
Gosto!
:)
Continua a fazer dele este belo espaço blogosferico que tem sido ate agora clarinha ;)

Um grande beijinho da tua "maezinha" que gosto muito de ti...e do teu blog! ;)

**

Street Fighting Man disse...

é a minha primeira visita aqui ao teu blog.
escreves umas cenas sim senhora, menina mafa. mesmo sim senhora ;)

keep it rockin
***

TP * disse...

oh mor ! :') dom tens tu! tu sim fazes chorar, sorrir, corar com as tuas palavras! cada letra que escreves é como uma nota musical que conclusivamente se torna numa 9ª sinfonia! :) prometo ser assídua neste blog!:) prometo sim! :)

gosto de ti,assim como 'es! minha pussy :P *

veijinho