sexta-feira, janeiro 01, 2010

Open your eyes, open your mind!

Ontem, enquanto trauteava umas musiquinhas durante a viagem, fui abafada pela discussão entre o "senhor" e a menina do banco ao lado - a mulher e a sociedade. Dos tachos à violência, passando no meio pelo trabalho e a traição; baixei o volume e fiquei atenta!
Vinha até então julgando ser esta a altura do ano em que todos dávamos as mãos, num circulo (ainda que imaginário),  'perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos' (ou devíamos perdoar!)! Cantávamos em uníssono e ouvíamos os passarinhos do outro lado da cidade! Coisas de retrospectivas e resoluções..
Enganei-me! De boa, ou má fá, não sei; mas, feminismos à parte, pondo de lado a falta de sabedoria da (minha) idade e considerando a fragilidade da mudança agarrada à convicção dos que pouco sentem a novidade e a evolução, ainda assim, no alto da minha juventude, faça-se luz: que a mulher sirva para limpar e cozinhar, ficarão como histórias do tempo dos meus avós; já, no meio desta (falta) de liberdade, ser as ruas carimbadas pela violência, não são costuras da antiguidade ou da velha experiência, não serão nunca as ofensas perdoadas de quem nos ofendeu!

Sempre entendi que o insulto à nossa inteligência, à nossa integridade, ao nosso bem estar, era o primeiro momento de monstruosidade. 

Hoje, enquanto trauteava outras musiquinhas, na viagem do regresso, deparei-me com a seguinte publicidade: "De todas as mulheres que fazem parte da minha vida, nenhuma será menos do que eu".
Gostava muito de ter "partilhado", de novo, a carruagem com aquele "senhor"!



Ao alcance de todos nós!
Bom ano!

1 comentário:

Anônimo disse...

Alto! Há que ir ainda mais longe! Só menos do que eu? E a ambição e humildade que levaram os jogadores de râguebi a chorar com o hino ficaram esquecidas no balneário?

Já perguntava o outro como é que uma mulher pode esperar ser feliz com um homem que insista em tratá-la como se fosse um ser humano perfeitamente normal?

E embora tenha a impressão que tal 'selvagem' do 'cinema' a tenha usado de um modo algo irónico, o que fica perdido na 'tradução' deixa-nos pano para mangas.

Portanto, há que insistir em passar a tratar as mulheres como seres humanos perfeitamente excepcionais, no bom sentido :)


Anônimo
(ou será Anônima?)