sábado, novembro 28, 2009

A.C.

Doeu-me ver-te desistir, cruzar os braços, conformando-te com as máquinas ensurdecedoras prestes a calarem-se. Doeu-me olhar para ti e procurar nos teus olhos um momento da tua voz, um momento de fé, quase em surdina onde os murmúrios já fracos iam perdendo o fôlego. Doeu-me estar ali, por portas entreabertas à procura da tua mão que tantas vezes segurou a minha. Doeu-me erguer os braços e acalmar o coração, encostá-lo contra o teu peito e acalmar o teu, selar um beijo na tua testa, ainda quente, e procurar um momento de descanso, para sempre! Doeu-me ver-te ali e ter que ficar à espera!



1 comentário:

joana vasconcelos disse...

continuas a escrever tão bem amiga..cada vez melhor, parabens! *