Lentamente vou percebendo que não me cabia a mim abrir o livro, desvendar-me perante ti. Fiz-te muitas perguntas, lembras-te?! E quando não te perguntava estava acordada a apreciar-te o sono. Percebo então que não me cabia a mim despir-me perante tudo o que és, mas talvez vestir-me na hora de vir embora.
O mais difícil de bater com a porta é não voltar a abri-la!
Sei o meu mundo, sei-o tão bem que sou capaz de fazer monólogos, de dizer as minhas falas e as tuas. Sou tão capaz de saber o que quero ouvir que já nem consigo ficar surpreendida e o mais engraçado, sem graça nenhuma, é que nunca oiço o que quero mas já não me surpreendo com o que oiço (ou não oiço). E aí sim, sinto a porta a abrir-se com a força do vento, o ranger pelo soalho. Levanto a cabeça, levanto sempre a cabeça e espreito.
E ali estava eu, frente a frente com o vento, mais uma vez.
Hoje estava sol quando acordei, pouco, é verdade! Ia-se escondendo por entre uma outra nuvem marota, mas estava lá e eu via-o!
Agora chove, chove tanto que nem a janela consigo abrir.
Tenho a casa toda fechada e a minha música preferida no volume máximo!
Canto. Canto ainda mais alto. Consegues ouvir? :)
1 comentário:
"Lentamente vou percebendo que não me cabia a mim abrir o livro, desvendar-me perante ti. Fiz-te muitas perguntas, lembras-te?! E quando não te perguntava estava acordada a apreciar-te o sono."
Simplesmente...sentido. Tudo da mesma forma.
Vai existir o alguem que decore todas as tuas paginas..=)
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